Mais de 80% das organizações consideram diminuir a carga horária após o aumento da produtividade e do bem-estar dos funcionários
Você já pensou na possibilidade de trabalhar só quatro dias na semana? No Reino Unido, esse sonho pode estar perto de se tornar realidade.
Um teste com duração de seis meses, que envolve dezenas de empresas e organizações, está experimentando uma semana de trabalho mais curta. O projeto teve início há três meses e já tem avaliações amplamente positivas até agora.
Oitenta e seis por cento das organizações que responderam às perguntas da campanha disseram que era “extremamente provável” ou “provável” que considerassen a manutenção da política de quatro dias da semana após o período de experimentações, segundo o portal Euronews.
O teste está sendo conduzido pela organização 4 Day Week Global, que faz campanha por uma semana de trabalho mais curta, em parceria com o instituto de pesquisa Autonomy, a 4 Day Week UK Campaign e pesquisadores das universidades Cambridge, Boston e Oxford.
Como parte disso, mais de 3.300 funcionários estão recebendo um dia de folga remunerado todas as semanas.
Os pesquisadores que estudam o piloto têm trabalhado com cada organização para medir o efeito que diminuir os dias de trabalho tem na produtividade e no bem-estar dos funcionários, bem como outros impactos, como no meio ambiente ou na igualdade de gênero.
Claire Daniels, CEO da Trio Media, disse que a experiência foi “extremamente bem-sucedida”.
“A produtividade permaneceu alta, com um aumento no bem-estar da equipe, juntamente com um desempenho 44% melhor financeiramente”, disse ela em comunicado.
Sharon Platts, diretora de recursos humanos do Outcomes First Group, acrescentou: “Ficamos muito satisfeitos em ver o aumento da produtividade e da produção, e também conseguimos fazê-lo funcionar em nossos serviços de educação e assistência, o que achamos que seria muito mais desafiador”.
“Embora ainda seja cedo, nossa confiança em continuar além do teste está crescendo, e o impacto no bem-estar dos colegas tem sido palpável”, completou.
Apesar disso, algumas empresas mais tradicionais afirmam que a mudança é “complicada”.
“Estamos aprendendo que para muitos é uma transição bastante suave e, para outros, há alguns obstáculos compreensíveis — especialmente entre aqueles que têm práticas, sistemas ou culturas comparativamente fixos ou inflexíveis que datam do século passado”, afirmou Joe O’Connor, executivo-chefe da 4 Week Global.
No entanto, de acordo com Nicci Russell, diretor-gerente da ONG Waterwise, ainda que o teste “não tenha sido um passeio no parque no início”, é fato que a semana mais curta aumentou o bem-estar da equipe.
“Todos nós tivemos que trabalhar nisso — algumas semanas são mais fáceis que outras, e coisas como férias anuais podem dificultar a adaptação de tudo —, mas estamos muito mais resolvidos com isso agora do que estávamos no início.”
Fonte: R7 Foto: PEXELS
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