Em entrevista, Francisco disse que ainda não recebeu a resposta do Kremlin
O papa Francisco disse nesta terça-feira, 3, que pediu uma reunião em Moscou com o presidente russo, Vladimir Putin, para tentar impedir a guerra na Ucrânia. No entanto, o pontífice ainda não recebeu resposta.
O papa disse ao jornal italiano Corriere Della Sera que o patriarca Kirill, da Igreja Ortodoxa Russa, que deu à guerra seu apoio total, “não pode se tornar o coroinha de Putin”. Kirill, de 75 anos, vê a guerra como um baluarte contra um Ocidente, que ele considera decadente.
Na entrevista, Francisco disse que, quando teve uma videoconferência de 40 minutos com Kirill, em 16 de março, o patriarca passou metade dela lendo uma folha de papel “com todas as justificativas para a guerra”.
Francisco, que fez uma visita sem precedentes à embaixada russa quando a guerra começou, disse ao jornal que, cerca de três semanas depois do início do conflito, pediu ao principal diplomata do Vaticano que enviasse uma mensagem a Putin.
A mensagem era “que eu estava disposto a ir a Moscou. Certamente, era necessário que o líder do Kremlin permitisse uma abertura. Ainda não recebemos uma resposta e continuamos insistindo”. Francisco acrescentou: “Temo que Putin não possa e não queira ter essa reunião neste momento. Mas como pode você não parar com tanta brutalidade?”
Antes da entrevista, Francisco, de 85 anos, não havia mencionado especificamente a Rússia ou Putin publicamente desde o início do conflito, em 24 de fevereiro, contra civis.
Questionado sobre uma viagem à capital ucraniana, Kiev, que Francisco disse no mês passado ser uma possibilidade, o papa disse que não iria por enquanto.
“Primeiro, tenho de ir a Moscou, primeiro tenho que conhecer Putin. Faço o que posso. Se Putin ao menos abrisse uma porta”, disse ele.
A guerra na Ucrânia estremeceu as relações entre o Vaticano e a Igreja Ortodoxa Russa e causou uma divisão entre os cristãos ortodoxos em todo o mundo.
Fonte: R7 – Revista Oeste Foto: Divulgação/Vaticano
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