O novo proprietário do Twitter, o bilionário Elon Musk, afirmou, durante reunião com funcionários na quinta-feira 10, que a falência da empresa é uma hipótese que está sendo levada em consideração. A informação foi divulgada pelo Bloomberg e outros sites especializados em cobertura econômica.
“A decretação da falência não pode ser descartada”, disse, em reunião presencial com os funcionários da sede em São Francisco, na qual também reafirmou que todos devem deixar o trabalho remoto e voltar aos escritórios da empresa.
Musk, que na sexta-feira 4 disse que a empresa estava perdendo US$ 4 milhões por dia, admitiu na quinta-feira 10 que vendeu 19,5 milhões de ações (por quase US$ 4 bilhões) da Tesla, sua empresa de carros elétricos, para “salvar” o Twitter.
Na semana passada, logo depois de assumir o controle do Twitter, em 27 de outubro, Musk demitiu aproximadamente metade dos 7,5 mil funcionários da plataforma. Vários diretores estão saindo, segundo a imprensa, inclusive Yoel Roth e Robin Wheeler, que acompanharam Musk em seus primeiros passos no Twitter como único proprietário e o ajudaram a delinear uma nova política de moderação de conteúdo.
A intenção era tranquilizar os usuários, mas especialmente os anunciantes, a principal fonte de renda da rede. Os anunciantes, por sua vez, não foram claros sobre os planos de Musk e houve vários — incluindo General Motors e Volkswagen — que por prudência retiraram suas publicidades da rede até ter uma ideia do futuro da plataforma.
Uma das medidas para enfrentar a turbulência é a cobrança mensal de US$ 8 de usuários com contas verificadas, ideia que recebeu muitas críticas nos Estados Unidos.
A Comissão Federal de Comércio se pronunciou na quinta-feira, por meio de um porta-voz, dizendo que está acompanhando de perto “com profunda preocupação” a situação do Twitter, que “nenhum diretor-presidente está acima da lei” e que há ferramentas para “para garantir o cumprimento” das normas.