Olga Vasyliv disse que sentiu ‘raiva e dor’ quando soube da decisão dos organizadores, que a colocaram com Ekaterina Astashenkova
Olga Vasyliv, representante da Ucrânia no Miss Grand International, fez um desabafo nas redes sociais após descobrir que, conforme determinado pela organização do concurso, sua companheira de quarto durante a competição seria a miss Rússia, Ekaterina Astashenkova.
“Enquanto estou a caminho da competição @missgrandinternational em que o meu principal objetivo, propósito e missão é contar ao mundo sobre o meu país, sobre o nosso espírito ucraniano, sobre a nossa beleza, sobre a nossa força e sobre o que estamos enfrentando agora, recebi uma carta que me incutiu sentimentos de raiva e dor — a minha colega de quarto vai ser uma concorrente do país terrorista, de um país que perdeu todas as leis e ordem, do país déspota, de repugnante e enganosa mancha no corpo do nosso lindo planeta, da Rússia”, começou Olga.
“Eu também sou a favor da paz, do amor, da amizade e do apoio, mas não por aqueles que não posso perdoar. Não para aqueles que torturam meus irmãos e irmãs. Não para aqueles que tiraram a vida de tantos colegas ucranianos. Eu sou importante! Minha opinião é importante! Meus sentimentos são importantes, e minha Ucrânia é importante! Glória à Ucrânia”, acrescentou.
Em seguida, pediu aos internautas ajuda para que seu desabafo ganhasse mais visibilidade. “Peço a vocês, meus amigos, que partilhem esta história, e por favor enviem mensagem para o @nawat.tv [presidente] do concurso com as hashtags. #cancelrussianculture [cancele a cultura russa], #russiaisaterroriststate [Rússia é um estado terrorista]”, concluiu.
Ekaterina também usou as redes sociais para dar uma resposta a Olga. A representante da Rússia disse que acredita na paz e destacou que sua família é ucraniana. “Na minha família, sou a primeira pessoa a nascer na Rússia, todas as outras são da Ucrânia! Esta situação é extremamente tensa para mim… e espero que minha voz seja ouvida no concurso! Sou contra o ódio! Pela amizade, pelo amor e pela paz mundial e pela ajuda mútua”, disse.
O Miss Grand International foi criado na Tailândia em 2013 e tem como lema “Pare com a Guerra e com a Violência”. Daí pode ter vindo a ideia de colocar as representantes dos dois países — que estão em guerra desde fevereiro — para dividir o mesmo quarto com o objetivo de promover a paz. Mas o plano foi malsucedido.
Veja o desabafo de Olga:
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Fonte: R7 Foto: REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
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