“Quinze anos menos um dia entre essas fotos. Tiradas na geleira Rhône na Suíça hoje. Não vou mentir, me fez chorar”. A publicação feita pelo britânico Duncan Porter em seu perfil no X mostra ele e a esposa, de férias, em duas fotos diferentes, em frente à mesma geleira suíça. A primeira delas foi feita em agosto de 2009 e a segunda, no começo deste mês. E o que se pode ver na imagem é uma paisagem alarmante, que revela o derretimento provocado pelo aquecimento global. O gelo que costumava cobrir tanto as rochas como a água do rio não está mais lá.
A geleira Rhône, localizada no cantão de Valais, ao sul da Suíça, perto da fronteira com a Itália, fica a uma altitude entre 2.197 e 3.600 acima do nível do mar. Desde 1870 ela já perdeu 1,4 km de seu comprimento. Previsões estimam que ela terá 50% de seu volume de gelo até 2050 e somente 10% até 2100.
Estatísticas oficiais apontam que o país europeu já teve uma redução de um terço do volume de suas geleiras desde o início desse século e 10% delas desapareceram nos últimos dois anos.
E não é só na Suíça que é possível ver o impacto do aquecimento global. Em maio, cientistas anunciaram que a Venezuela tinha perdido a última de suas geleiras. La Corona ficava próxima ao Pico Humboldt, no Parque de Sierra Nevada, a quase 5 mil metros de altitude. Segundo a nova classificação, ela agora é considerada um simples campo de gelo.
Especialistas acreditam que a situação que ocorre agora com a Venezuela irá se repetir em nações vizinhas dos Andes, como Colômbia, Peru, Bolívia e Equador. Vale ressaltar que em alguns desses lugares a água do degelo das montanhas é essencial para o abastecimento de populações locais.
No ano passado, um grupo de cientistas internacionais fez um alerta num artigo publicado na revista Science de que duas de cada três geleiras do planeta podem desaparecer até 2100.
Usando modelos computacionais, eles simularam as condições de 215 mil geleiras terrestres, sem contar as das camadas de gelo da Groenlândia e da Antártica, e calcularam como as altas temperaturas as derreteriam e como consequência, qual seria ainda o impacto sobre o nível dos oceanos.
De acordo com a análise, seguindo o ritmo atual das emissões globais de gases de efeito estufa, rumamos para um salto de 2,7oC na média da temperatura até 2100 (em relação aos registros pré-industriais). Caso isso se confirme, 32% da massa de geleiras globais seria perdida, ou 48,5 trilhões de toneladas métricas de gelo, bem como 68% das geleiras sumiriam.
Numa situação extrema, com 4oC a mais nos termômetros, a perda chegaria a 80% das geleiras.
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