O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta sexta-feira, 11, a proibição de importações de frutos do mar, vodca e diamantes russos.
A medida visa a aumentar as sanções contra o Kremlin. “Os EUA e nossos aliados continuam a trabalhar em sintonia para aumentar as pressões econômicas sobre Vladimir Putin e isolar a Rússia no cenário global”, explicou.
Em 2021, Washington importou pouco mais de US$ 1 bilhão em frutos do mar oriundos de Moscou. O país também gastou cerca de US$ 24 milhões em bebidas e destilados russos. Por fim, os norte-americanos compraram aproximadamente US$ 3 bilhões em diamantes produzidos na Rússia.
Segundo a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, o Congresso pretende votar na próxima semana uma lei que dará suporte à medida anunciada por Biden.
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Guerra de sanções
Nesta semana, o McDonald’s, a Starbucks e a Coca-Cola anunciaram a suspensão de suas operações na Rússia.
Segundo o CEO da rede de lanchonetes, Chris Kempczinski, o McDonald’s atende milhões de clientes na Rússia, “mas os valores da empresa dizem que não podemos ignorar o sofrimento humano desnecessário que se desenrola na Ucrânia”. “Essa filosofia é consagrada como um dos nossos cinco valores orientadores”, destacou o executivo.
A Coca-Cola seguiu na mesma linha. “Nossos corações estão com as pessoas que estão sofrendo os efeitos inconcebíveis desses trágicos eventos na Ucrânia”, informou a companhia, em comunicado.
Em carta enviada aos parceiros da rede, o CEO da Starbucks, Kevin Johnson, comunicou a decisão. “Nosso sócio licenciado concordou em pausar imediatamente as operações da loja”, salientou. “Ele fornecerá suporte aos 2 mil parceiros na Rússia, que dependem da Starbucks para sua subsistência.”
Resposta
Na esteira das sanções ocidentais, o Kremlin anunciou que pretende tomar o controle e nacionalizar as multinacionais que estão deixando o país. Trata-se da primeira resposta do governo russo à fuga de empresas como Starbucks, McDonald’s e Coca-Cola.
Segundo o Ministério da Economia da Rússia, o plano é assumir temporariamente o controle das companhias que tenham mais de 25% de participação estrangeira. Os proprietários teriam cinco dias para retomar a atividade ou recorrer a outras opções, como vender sua participação.
A pasta informou ainda que as medidas se aplicariam a empresas cuja administração, incluindo os acionistas, encerrou o controle da atividade no país. As companhias cuja administração deixou a Rússia ou transferiu seus ativos a partir de 24 de fevereiro também podem estar sujeitas às novas regras.