Republicano prometeu, durante a campanha, impor tarifas de 60% a importações chinesas
A China está disposta “a fortalecer a comunicação, expandir a cooperação e superar diferenças com os Estados Unidos, conforme os princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação com ganhos para ambos os lados”, afirmou He Yongqian, porta-voz do Ministério de Comércio, nesta quinta-feira (7), um dia após a eleição de Donald Trump à presidência dos EUA.
Em entrevista coletiva, o porta-voz disse ainda que Pequim deseja “conduzir conjuntamente o desenvolvimento das relações econômicas e comerciais entre China e EUA em uma direção estável saudável e sustentável, para melhor beneficiar ambos os países e também o mundo”, ao ser perguntado sobre como o ministério pretende a reagir a eventuais tarifas dos EUA a produtos chineses.
Durante a campanha eleitoral, Trump ameaçou impor tarifas de 60% a importações chinesas.
A fala de He Yongqian ocorre logo após o presidente da China, Xi Jinping, ter parabenizado Trump pela vitória, frisando que ambos os países precisam encontrar a “maneira correta” de conviver.
“A história demonstrou que China e EUA se beneficiam com a cooperação e sofrem com a confrontação”, afirmou. Segundo o mandatário, ambos “devem reforçar o diálogo e a comunicação, gerenciar adequadamente as diferenças, expandir a cooperação mutuamente benéfica e encontrar a maneira correta para que China e EUA se deem bem”.
No primeiro governo de Donald Trump, a relação entre os Estados Unidos e a China passou por um período de intensa tensão e disputa em diversas frentes.
A guerra comercial foi o principal ponto de atrito, com ambos os países impondo tarifas bilionárias sobre produtos importados, resultando em prejuízos econômicos para os dois lados e em impactos negativos para o comércio global.
Trump acusava frequentemente a China de práticas desleais, como a manipulação cambial e o roubo de propriedade intelectual, e adotou uma postura mais agressiva em relação ao déficit comercial dos EUA com o país asiático. Esse cenário foi marcado por negociações conturbadas e um clima de incerteza para mercados e empresas.
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